30 de novembro de 2008

Pealando

Lenço vermelho;
Bombacha e guaiaca.
Inicia o pealo.

Bota de couro;
Melena no vento.
Sob o cavalo.

Rédeas em punho;
Freia o bagual.
Caíra no valo.

29 de novembro de 2008

Dance

Canso quando danço,
Mas quando danço eu vivo,
Vivo momentos de euforia,
Vivo momentos de alegria
Mas quando não danço
Eu vejo,
Que o mundo não é so dança,
Vejo, acordo, penso e recordo
De momentos não felizes, que passei
Enquanto não dançava
Por isso
Dance.

28 de novembro de 2008

Os 4 P's

Pintou o pato
Que apita o pito
Piando vem o pinto
Parando pro pato
Piava um piu-piu
Puta que Pariu!

Pisei na merda

Do modo que boto,
Eu calço a bota.
No calço da porta,
Onde raspo a sola.
A porta se fecha, encosta.
E ainda sobra na sola
Um resto de bosta.

Ferrugem

É necessária a ferrugem: não basta ser afiado!
Senão dizem sempre de ti? " É muito novo!"

Sorrir até que ponto?

Sorria, sorria o tempo todo,
Sorrir faz bem, sorria ao padeiro
Sorria ao açougueiro, Sorria para o mundo,
Sorria seu hipócrita, pois enquanto você sorri,
Muitos choram.

Desgosto

Gosto da vida, desgostando do desgosto
Pois gostar, do desgosto, é desgostar da vida
E se desgostar da vida, é gostar do desgosto,
Prefiro não gostar do que gosto.

Aprendo errando

Depois de sentir-me cansado em procurar
Aprendi a encontrar
Aprendi a observar as pequenas coisas,
Depois de ignorar coisas grandiosas
Depois de ter enfrentado guerras,
Resolvi implantar a paz
Depois de viver desgostos,
Comecei a adoçar a vida
Depois de cair um tombo,
Aprendi a não mexer na casquinha.

27 de novembro de 2008

Messenger #1

Márcio diz:
Oi meu amor!
Márcio diz:
Amor? Cadê você?
Márcio diz:
...
Márcio diz:
Amor! Eu sei que vc tá online...
Márcio diz:
¬¬'
Cláudio diz:
Desculpe a demora bofi!
Márcio diz:

Evolução?

A humanidade vive em competição,
Prédios destruindo a natureza
Capitalismo predominando com frieza,
O cinza toma conta do verde,
Descaso, miséria fome e sede
Neo-liberalismo, monocultura, padronização
O aquecimento global já não é ficção
A burguesia cresce, enquanto o proletariado empobrece.

Destino

Você nasceu pra mim,
E eu nasci pra você
Teriamos então nosso destino traçado?

Analfabeto

Fásil falar de paichão;
Difícil mesmo é discrever o que cinto.
Cinto um aperto no peito,
(suspiro)
E me perco no teu olhar.
Mesmo sem saber escrever,
Ainda tenho o direito de sonhar.

Partes do que sou

Quero escrever versos,
Versos de amor, de ironia,
Quero preencher todos os espaços,
Desta folha vazia.

Quero, ao escrever,
Ser completamente livre,
Lembrar-me do que quis ter,
Mas que nunca tive.

Quero com estas tantas palavras,
Que escrevo sem encontrar fim
Encher além destas folhas brancas,
Os espaços imensos que há em mim.

Lembrar, esquecer
Dormir, acordar,
Desejar morrer,
E depois lamentar.

Senti a presença da solidão,
Ri as lágrimas que não chorei,
Agindo com o coração,
Sempre errei.

Escrevo partes do que sou,
E dedico-as a ti,
Mas só eu o sei,
Não sairá daqui.

Todas as lágrimas foram enxutas,
Neste pedaço de papel, que agora é um pouco de mim,
As minhas palavras sentidas, doces ou brutas,
Assim como eu chegaram ao fim.

Escrever, escrever não importa oque

Não escrevo apenas com a mão
Escrevo com o pé,
E com o coração
Não escrevo apenas com a mão,
E sim com cada vento que enche meu pulmão.

Principios

Mais vale andar na ponta do pés
Do que de quatro!
Mais vale passar pelo buraco da fechadura
Do que por portas abertas
Mais vale enfrentar um desafio,
Do que fugir dele!
Mais vale amar e ser amado
Do que amar sendo rejeitado!
Mais vale correr para alcançar
Do que perder por caminhar
Mais vale segredos guardar,
Do que sair e fofocar
Mais vale tanta coisa
Que vou fazer e não falar.

O difícil

Caso pudesse escolher livremente,
Gostaria de um lugar só meu
Em meio ao Paraíso
E, melhor ainda, à sua porta!

21 de novembro de 2008

O menino e a Pipa

Um certo menino de rua tinha como diversão ver sua pipa flutuando no ar.
Adorava observar a maneira como ela pairava sobre as arvores, balançava sua rabiola ao vento, e isto lhe deixava hipnotizado durante horas de seu dia.
O menino não sabia o porquê de ficar tão fascinado com tal brinquedo tão rústico.
Um dia um homem ao ver o menino sentado no chão ao ver sua pipa pairar no ar, sentou-se ao seu lado.
O menino então lhe disse:
- Linda não? Adoro o jeito que ela fica voando! É incrível não acha?
O homem ficou admirado no modo como uma simples pipa deixava um menino tão admirado em tempos de tecnologia. Achou simplesmente incrível ver aquilo.
- É realmente incrível - disse o homem ao menino - mas existem brinquedos muito mais incríveis do que uma simples pipa, mas acho que você não deve conhecer.
- Sim, eu conheço estes brinquedos - retrucou o menino - e só porque vivo na rua não significa que não os conheço.
- Então o que sua pipa tem de tão impressionante? Perguntou o homem.
O menino novamente olho a pipa, suspirou profundamente e com convicção disse ao homem:
- Minha pipa me faz lembrar muitas coisas, me faz perceber muitas coisas. Lembra o olhar de uma mãe, que mesmo sem ter uma, sei que é um olhar sereno e calmo ao olhar um filho. Me faz perceber que em meio ao tumulto, ainda existe paz em pequenas coisas. Mas principalmente, lembra-me de que este é a única coisa que tenho como distração antes de dormir embaixo daquele banco ali...

Levantei e...

Mal havia acordado e vi no espelho um rosto que não era o meu.
Fiquei tentando entender o porquê fiquei olhando aquele rosto.
Esfreguei os olhos, empurrando remelas para os lados.
Enfim estava realmente acordado e pude ver que o espelho não estava virado diretamente para mim.

Olho no olho

Vez em quando me vejo em meio ao seu olho
Em sua pupila dilatada, a me olhar em dia claro em meio a sombra
Posso ver em teu olho cor de mel que meus lábios se movem
Vejo seu movimento até desaparecerem do reflexo de seu olhar
E tocarem os seus lábios

Porquês #1

Perco o fôlego sem saber porquê
Também, buscar explicação pra tudo,
Por quê?
Isto porque apenas o perco
Por que preciso exercitar minha gramática
Resultando numa leitura mais didática.



-> Aprender a usar os Porquês é bom... e é tbm bom exercitar.
:D

20 de novembro de 2008

A verdade vem aos pedaços

A vida se resume na sinceridade
Em todos os fatores,
E a vida sem sinceridade e humildade
é um caminho para a escuridão,
Por isso seja sincero e ande sempre
Na luz.

Pensamentos ao vento

Você sabe o que é o verdadeiro amor?
O verdadeiro amor é aquele que o tempo
não apaga, e que a maldade não destrói,
O verdadeiro amor não é uma coisa de um dia,
são atos, palavras e atitudes que se solidificam no tempo
e não se apagam jamais, que fica para sempre como tudo
que é feito com o coração.
O verdadeiro amor é aquele que se sente presente, mesmo quando ausente,
Que vem para o seu lado, quando você está sozinho, e nunca nega um sentimento sincero.
O verdadeiro amor é aquele que sempre estará do seu lado, até nas horas difíceis,
O verdadeiro amor fica feliz, quando vê a outra pessoa contente, que chora com você,
quando esta triste.
O verdadeiro amor, o verdadeiro amor você saberá quando chegar.

Dependencia

Amo o silencio,
Porque o silencio me fala de você
Amo a natureza,
Porque ela me lembra de você
Eu amo a solidão,
Porque ela me aproxima de você,
Eu amo as recordações
Porque nelas recordo você
Eu amo a musica,
Porque ela me traz saudade de você
Eu amo a saudade,
Porque na saudade eu identifico você
Eu amo o vento,
Porque no vento eu sinto você
Eu amo o universo,
Porque nele existe você
Eu amo a vida,
Porque minha vida é você.

Enigma das estrofes

Quando agente percebe
ele já está entre nós
Nos corroendo, e o mesmo
tempo nos mantendo...

...Mantendo refém da ignorância
e nos fazendo resistir a intolerância

As vezes ele machuca , maltrata
deixa triste e até mata
Porque nos fazer sofrer?
pois assim só faz o meu, o nosso coração estremecer...

Do que adianta senti-lo
se não posso desfruta-lo, aproveita-lo
viver de carinho

só dando mimo

O que posso fazer para sem brigas à ter?

19 de novembro de 2008

Music

A musica tem o poder de te fazer sentir e,
viver as coisas,
A musica é um tempero,
potencializa
A musica é celebração.

Atração

Perdido num mundo louco
onde a loucura nos encontra
e onde a perdição nos procura.

Reclamações e Desabafos

Se você, se você pudesse sobreviver
Tentando não mentir
As coisas não seriam tão confusas
E eu não me sentiria tão usado
Mas você realmente sempre soube
Eu só quero ficar com você

Oh, eu pensava tudo de bom a seu respeito
Eu achei que nada poderia dar errado
Mas eu estava errado, eu estava errado

eu jurei, eu jurei que seria sincero
E, querida, você também
Então, porque estava segurando a mão dele?
É desse jeito que nós ficamos?
Você estava mentindo o tempo todo?
Isso foi só um jogo pra você?
Se você, se você pudesse voltar
Não deixar isso queimar, não deixe isso desaparecer
Tenho certeza que não estou sendo rude
Mas é só sua atitude
Está me rasgando em pedaços
Está arruinando tudo.

Mais uma de amor

Lagrimas do céu fazem teu corpo molhar
Nossas mãos pro alto, como se fossem voar
A felicidade incide sobre nosso olhar.

Mini verso

Vivemos numa vida
Onde o tudo é o todo
onde o nada é tudo
o tempo todo.

Sucinto

Um belo dia Ele se pôs a caminhar, pensar na vida.
Mil idéias, mil pensamentos em sua mente. Ela estava presente em cada um deles.
Ele tentava pensar menos. E conseguia. Cada vez menos pensamentos lhe vinham a sua mente. Mas em cada um ainda estava lá: Ela. Os pensamentos diminuíam cada vez mais, e ela ali, presente, imponente e protagonista de cada palavra que lhe vinha em mente.
Enfim os pensamentos se iam embora, e com isso Ele esperava não pensar mais nela. Como é impossível não pensar em nada, tentava chegar em um pensamento o mais simples possível. Deste modo as chances dela estar presente seriam quase nulas...
Que esperança tinha ele! Chegou no pensamento mais enxuto, mais conciso de todos. Era apenas uma palavra então. Apenas uma! Que se repetia interminavelmente em sua mente. A palavra, o pensamento mais direto de todos: "Ela".

16 de novembro de 2008

Nem tudo são flores...

Era uma vez um garoto que se chamava João.
João amava Maria, que amava João, que daria a vida por Maria.
Maria quis provar o amor de João, que lhe deu uma flor.
Maria não se contentou e quis algo maior, que fosse comparável ao amor que tinha por João.
João então lhe deu uma dúzia de flores, todas perfumadas. Maria adorou o presente, mas queria mais. Dizia querer algo que fosse tão grande quanto o amor de João, queria mensura-lo.
João não sabia mais o que dar à Maria, pois ela queria algo que fosse comparável ao seu amor.
João ao repensar diversas vezes sobre isso, começou a desconfiar do amor de Maria, e achou que talvez não a amasse tanto assim.
Resolveu de vez qual seria o seu presente então.
Foi à casa de Maria, e lhe entregou uma caixa, menor que uma caixa de fósforos. Ela abriu, e viu que dentro havia um algodão com um pequeno grão de feijão bem preto.
Ela ficou intrigada sobre o significado do presente.
João então olhou em seus olhos e disse:
- Este feijão é símbolo de meu amor por você.
A moça quase chorou ao ouvir tal coisa.
Ele então disse:
- O feijão significa perfeitamente, pois, assim como meu amor, cresce muito rápido, até em um simples algodão. Porém, assim como o feijão, meu amor brotou rápido mas também morreu depressa, pois o valor do verdadeiro amor, não se mensura, não se pede, e não se compra. Por este motivo lhe dou um feijão, pois recusou a rosa, que com sua beleza descrevia sua doçura.

...


-> Nem tudo são flores...

5 de novembro de 2008

Em meio a festa

Em meio a festa, eu a vi.
Ela me olhava intensamente,
quase me fazendo uma pergunta.
Eu olhava ela impaciente,
quase imerso em vergonha pura.
Resolvi ir a seu encontro e ela me estendeu uma mão,
com o drink que eu havia pedido
enquanto a outra me cobrava sobre o balcão.

4 de novembro de 2008

A Pinga

Se o pingo que pinga,
Pinga na pia;
Acredito que não seja pinga.
Se acaso fosse, pingava no copo;
E sem dar um piu,
Não resta nem mais um pingo
No copo vazio.

Copo D'água

Viro e volto, revolto.
Lembro de um olhar sereno
Que me olha
Que me engole
Deixo então de olhar a água
E quase me afogo em mais um gole.

Disperso

E em forma de verso, eu converso
Estando completamente submerso
Nesse amor que me vira e desvira
Ao lado inverso de cada verso