13 de janeiro de 2010

Vergonha

Ao entrar no ônibus
Nem imaginava o que me esperava.
Do lado esquerdo, um assento.
Do outro, logo ali, mais atrás,
Um par de olhos me fitava.

Azuis ao que me lembro,
E de mansinho me aprossimava.
Sentei e esperei a coragem palpitar.
E umas quatro paradas após,
Resolvi olhar, que azar,
Lá estava comigo mesmo novamente a sós.

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