15 de maio de 2009

Coletivo

Entro no ônibus, largo os trocados e passo a roleta.
Ao sentar começo a escrever, traçar letras.
Ao lado a moça olha de rabo de olho o que saem nessas linhas tortas.
Ao ver o que escrevo um leve sorriso forma-se.

Agora uma nova estrofe,
A moça olha-me com a face corada,
Ajeita-se insistentemente ao meu lado,
Tentando ver o que já rabisquei sem ela ter lido.

Ela me olha com certa incógnita
Ao ver que não rimei verso e não escrevo em prosa.
Vejo-me na obrigação e explico:
- Isso é culpa da saudade, meu texto fica pobre com a tristeza.

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