31 de maio de 2009

Olhos de poeta

Observo toda manha,
O balançar, de belas árvores,que me cercam.
Observo e admiro, a perfeição da natureza,
Folhas caem, deixando a cidade mais linda e colorida,
Enchendo-a de vida.
Retirando um pouco da cor cinza que à toma.
Folhas caem,
Porém a vinda de novas folhas, renova a beleza de tais árvores .
Observo também, a impaciência da vizinha, que com preguiça e um certo mau-humor,
Varre as folhas de seu belo ipê.
Certamente deve dar trabalho a sua vassoura,
Pois toda manha, eu a vejo à esbravejar,
Enquanto varre sua calçada.
Algo lhe falta, falta-lhe o amor,
Pois os olhos, que ela vê o belo ipê,
Não são os mesmos olhos, com que eu o vejo,
O que eu vejo de canto de olho,
Ela não enxerga, nem com os olhos esbugalhados,
Vejo o mundo com os olhos de poeta,
Uma árvore, não é apenas uma simples árvore,
E sim uma forma de vida,
Refletida na natureza.

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