26 de setembro de 2010

Carta de Amor

"E desde então viveram felizes para sempre". Assim terminava aquele livro naquela manhã nublada de um domingo pré-primavera. Era um momento em que me afogava em meus próprios achares e minhas próprias incertezas.
Em mente, lembrei de estar repousando em saudades suas. Lembrei-me de quanto o amor perfuma o quarto e de como uma voz sublime e um olhar pode dilacerar a seriedade estampada em meu rosto.
Foi difícil para mim aceitar, de início, o fato de que começava ali a esquecer da vida ao ver teu rosto.
Desculpe se sou lúdico o bastante para ser chato, mas a vida é assim mesmo. E olhando por esta janela, com esse naco de papel em mãos e a caneta deslisando sobre, te digo com certeza que te quero além de mim.

3 comentários:

  1. sempre achei que deslisando fosse com 'z'.

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  2. e descobri que é mesmo com 'Z'

    a propósito, texto lindíssimo.
    conheço bem esse querer além da gente.

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  3. Como consegue ser tão dócil e objetivo ao mesmo tempo?

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