5 de março de 2009

[Regatando Textos] Crônica das Palavras

Era uma vez um conto feito assim:
eram 4 linhas de no máximo 7 palavras e eram dispostas uma abaixo da outra,as linhas, mas as palavras eram como se cada uma tivesse vida própria e se rebelasse. Desta forma cada palavra colocava-se em uma posição escolhida por si, Porém sem poder mudar de linha tracejando um campo grande de impossibilidades, imaginadas pelo escrivão, que à essa altura perdera toda sua autonomia, tornando-se apenas mais um espectador. Palavras indo e vindo não eram algo comum para ele. Agora elas moviam-se entre as linhas, e trombavam entre si trocando letras e formando novas palavras, novos sentidos.
Mas foi somente quando elas pararam de se mover e depois de trocarem letras e sílabas que ficou visível o âmbulo de criações que ali solidificou-se. Não conseguia interpretar que coisa era aquela, mas ficou estupefato de quantas horas dispendera para criar aquilo, e agora, não entendia nada!
E novamente, aquele todo de palavras começou a se mover mas o escritor conseguiu catar palavra por palavra com as próprias mãos.
Colocou-as em sua boca, engoliu, e elas surtiram um efeito inesperado!
Fizeram com que seu cérebro começasse a criar além da conta, fazendo com que ele escrevesse sem parar.
E a cada nova linha o escritor procurava limitar-se mais
na próxima, mas era em vão, pois não dominava mais suas mãos.
Escreveu, escreveu, escreveu até que não teve mais forças para
pensar; De repente sentiu pela espinha uma translucidação.
Foi este o momento em que sua mente parou para ver o que havia escrito.
Viu linhas com traços rápidos, letras feias, com uma grafia que não era a sua, mas começou a ler...
E deparou-se com uma única linha legível, onde estava escrito:
"Não pise na grama"






Este texto foi escrito por Felipe Navarro e Patrick Antunes com a simples brincadeira do "Continue a história"...

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