Quero escrever versos,
Versos de amor, de ironia,
Quero preencher todos os espaços,
Desta folha vazia.
Quero, ao escrever,
Ser completamente livre,
Lembrar-me do que quis ter,
Mas que nunca tive.
Quero com estas tantas palavras,
Que escrevo sem encontrar fim
Encher além destas folhas brancas,
Os espaços imensos que há em mim.
Lembrar, esquecer
Dormir, acordar,
Desejar morrer,
E depois lamentar.
Senti a presença da solidão,
Ri as lágrimas que não chorei,
Agindo com o coração,
Sempre errei.
Escrevo partes do que sou,
E dedico-as a ti,
Mas só eu o sei,
Não sairá daqui.
Todas as lágrimas foram enxutas,
Neste pedaço de papel, que agora é um pouco de mim,
As minhas palavras sentidas, doces ou brutas,
Assim como eu chegaram ao fim.
Demais cara!
ResponderExcluirMuito bom!
Ritmado, padronizado e confortante!
:D
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei também... estava lendo os poemas mais antigos... e dá para ver nitidamente 'as palavras tomarem mais cor e movimento'...!!
ResponderExcluirCurto quando leio um poema ou quando escuto uma música e ela 'adentra' sem pedir, na nossa mente...
PROJETO DE PREFÁCIO
ResponderExcluir"...Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras..."
Mario Quintana